Dúvidas frequentes das meninas por Laura Muller


Material do site da Sexóloga Laura Muller do Altas Horas

As 10 principais dúvidas!

Perguntas e respostas extraídas do meu livro "500 Perguntas Sobre Sexo – Respostas para as Principais Dúvidas de Homens e Mulheres" 


10 Dúvidas sobre Orgasmo


 1.    Como eu faço para chegar lá?
Há uma técnica eficiente, que é dividida em duas etapas. A primeira delas deve ser feita sozinha. Comece encontrando algo que desperte seu desejo. Um vídeo erótico é uma boa opção. Escolha um que tenha uma história envolvente, um clima de sedução antes das cenas de sexo. Mulher não vê graça em filme muito mecânico – aquele que já começa com o ato em si. Assista-o sem pressa, em um ambiente tranqüilo. Enquanto vê, comece a acariciar o próprio corpo. Toque os seios, a barriga, as coxas... até chegar à vagina. Use um creme de massagem. Assim é mais gostoso. Não se preocupe em chegar ao orgasmo no primeiro dia em que fizer esse exercício. Repita-o outras vezes. Seja paciente e não desanime. Você vai chegar lá. Só depois será a hora da segunda etapa: incluir o parceiro na brincadeira. Nas primeiras vezes, você se masturba com ele por perto. Nas próximas, ele participa, sendo que você orienta as carícias.   

2.    Nunca tive orgasmo. O que há de errado comigo?
Não conseguir chegar ao orgasmo é um problema de fundo psicológico, na maioria das vezes. Essa disfunção sexual, chamada de anorgasmia, geralmente é conseqüência de uma primeira vez traumática (a mulher sentiu dor, o parceiro foi agressivo e pouco carinhoso...). Mas também pode ser fruto de uma visão distorcida da sexualidade, preconceituosa e carregada de culpas. Você se masturba? Provavelmente a resposta é não. Orgasmo é descoberta e aprendizado: você precisa perceber onde sente mais tesão e aprender a estimular esses pontos. Importante: cobranças do tipo “Hoje eu tenho de conseguir” são altamente nocivas, pois agravam ainda mais o problema. Quem vai para a cama com esse tipo de preocupação corre o risco de se frustrar mais uma vez. Importante: em alguns casos, é necessário a ajuda de um terapeuta sexual. 

3.    Qual a melhor posição para alcançar o clímax?
Aquela em que você se sentir mais confortável. Para a maioria das mulheres, orgasmo depende de estimulação contínua do clitóris. Então, busque posições em que esse tipo de carícia possa ser feita com maior facilidade. 

4.     Posso ter orgasmos múltiplos?
Talvez. Nem todas as mulheres conseguem ter. Depende do organismo de cada uma – e não de treino ou algo parecido. Algumas mulheres apresentam uma característica diferente: elas têm vários orgasmos seguidos, porém menos intensos. A maioria das mulheres, no entanto, só atinge o clímax uma vez por relação. 

5.    Senti algo bem leve outro dia. Posso ter chegado ao clímax?
Pode sim. Há orgasmos e orgasmos. Em alguns dias, são mais fortes. Em outros, mais fracos. O que determina a intensidade do orgasmo é a excitação: quanto mais tempo você mantê-la num nível elevado, mais intenso será o clímax. Além disso, há a questão da parceria: num relacionamento mais apaixonado e envolvente, os orgasmos também são mais intensos. 

6.    Os hormônios influenciam de alguma maneira?
Sim. Em especial a testosterona, o hormônio da libido. Durante o dia inteiro, o organismo recebe jatos de hormônio. Ou seja, as taxas hormonais sofrem alterações: às vezes estão mais baixas, às vezes mais altas. Se o orgasmo coincidir com um momento de alta de testosterona, com certeza contará com uma ajuda extra para ser mais intenso. Só que isso não dá para a pessoa programar. 

7.     Ejacular e chegar ao orgasmo é a mesma coisa?
Não. A ejaculação acompanha o orgasmo masculino, por isso as pessoas acham que é a mesma coisa. Mas pode ocorrer orgasmo sem ejaculação. Em algumas culturas orientais, aliás, acredita-se que o melhor orgasmo é aquele que ocorre sem a ejaculação. 

8.     Por que é mais difícil para a mulher ter orgasmo do que para o homem?O homem, desde pequeno, aprende que fazer sexo é bom e que não há nada demais em tocar o pênis, se masturbar... Pelo contrário: são estimulados pelo pai a fazer isso. Já a mulher recebe informações mais negativas do que positivas. Isso muitas vezes causa bloqueios psicológicos e atrapalha a obtenção de prazer.  

9.     O que muda no corpo da mulher durante o prazer?
Durante o processo de excitação, ocorrem mudanças significativas na região vaginal. Algumas delas: os grandes lábios ficam mais inchados e escuros, pois se enchem de sangue; os pequenos lábios se afinam para facilitar a entrada do pênis; a vagina se alarga e se aprofunda e a lubrificação aumenta também para favorecer a penetração. Além disso, os seios se incham e o bico se enrijece; a respiração e os batimentos cardíacos se aceleram. A pressão sanguínea aumenta. O corpo sua. Numa fase de alta excitação, o útero se eleva e, momentos antes do orgasmo, o clitóris se retrai. Na hora do clímax, ocorrem contrações na área pélvica, que atingem o útero e a região anal. Após o orgasmo, todas essas alterações voltam ao normal. 

10.  Eu finjo. E agora?
Dizer a verdade sempre é melhor. Não adianta mascará-la. Ao abrir o jogo, você pode – e deve – fazer dele seu aliado, para que a ajude a chegar lá. Na primeira pergunta deste capítulo, há uma técnica que envolve o parceiro. Pode ser uma ótima opção para vocês. 


Tenho vergonha de me masturbar. Sou igual ou diferente das outras mulheres?

Tenho vergonha de me masturbar. Sou igual ou diferente das outras mulheres? 
Assim como você, cerca de um terço das mulheres ainda apresenta algum empecilho emocional para se entregar à masturbação. Isso ocorre por questões basicamente culturais. O homem aprende desde pequeno que deve valorizar o pênis e que não tem problema tocá-lo. É até incentivado pelo pai. Já a mulher ouve da mãe coisas do tipo: “Tira a mão daí que é feio e sujo”.  Com uma orientação sexual preconceituosa como essa, fica difícil mesmo ter uma visão positiva da masturbação.


É errado a mulher sentir prazer sozinha?

Claro que não. Pelo contrário: a masturbação é considerada uma prática sexual saudável e necessária. É com ela que a mulher aprende a conhecer seus pontos de prazer, as áreas onde os toques são super excitantes.

Se feita a dois, a masturbação transmite alguma doença?

Recomenda-se para qualquer prática sexual o uso de camisinha. Mas é praticamente nulo o risco de a masturbação mútua ser fonte de contágio de alguma doença sexualmente transmissível. Uma pessoa sadia só seria infectada se as mãos dela apresentarem lesões, que são portas de entrada para bactérias e vírus no organismo.

Qual o jeito certo de masturbá-lo?

Não há regra, mas em geral os homens sentem mais prazer quando a mulher envolve o pênis com todos os dedos e não apenas com o indicador e o polegar. A pressão deve ser firme e constante, com uma intensidade média: nem muito forte, nem muito fraca. Acariciar a virilha, as pernas, a barriga... aumentam a excitação – apesar de o homem ter seu prazer basicamente voltado para o toque no pênis, ao contrário da mulher, que se excita com carícias por vários outros pontos do corpo. Importante: o freio da glande (uma pele que une a cabeça do pênis ao corpo) tem muita sensibilidade, equivalente ao clitóris. É uma área capaz de surtir grande excitação.

Sinto muito mais tesão com o vibrador do que com o parceiro. Por que?

O vibrador tem um desempenho muito mais eficaz, por questões óbvias: é um objeto que vibra numa intensidade constante e cujos movimentos você pode controlar totalmente, de acordo com o próprio prazer. Com o parceiro, isso não ocorre. Entretanto, a relação a dois envolve um ingrediente altamente afrodisíaco: a cumplicidade e a troca de energia e de afeto. Não queira comparar o prazer com o vibrador com as sensações que tem com um homem. Valorize as diferenças, explore-as, aproveite-as, cada uma a seu tempo. O ideal é que estas duas práticas – a masturbação com o vibrador e o sexo com o parceiro – sejam complementares para o prazer. Jamais concorrentes.

Fico inibida de me masturbar na frente dele. Por que?

Durante muito tempo a mulher acreditou que deveria apenas dar prazer – e jamais senti-lo. Ela estava ali para servir ao homem e ponto final. Em geral, é devido a essa crença que ainda hoje muitas mulheres se envergonham da masturbação diante do parceiro. Dê prioridade ao seu prazer. É o primeiro passo para você se soltar.

Qual a freqüência ideal de masturbação?

Varia de pessoa para pessoa. Não há uma freqüência ideal para nenhum tipo de sexo. Cada pessoa tem o seu ritmo e deve respeitá-lo. Você deve ser o próprio modelo para si mesma. Se antes se masturbava mais do que agora – e isso a incomoda – talvez seja hora de avaliar o porquê dessa baixa de desejo. Caso contrário, não se preocupe. Leve em conta que muitas mulheres diminuem a freqüência de masturbação quando começam um relacionamento novo. Às vezes, até eliminam a prática do repertório sexual. Isso não é certo nem errado. É apenas o ritmo de cada uma.

Não sinto falta de me masturbar. Sou normal?

Claro que sim. Não é obrigatório que todas as pessoas gostem de se masturbar. O sexo não é feito de regras e padrões de comportamento. Deve-se lembrar, entretanto, que esse é um dos melhores caminhos para conhecer o próprio corpo e, com isso, aprender onde tocar para sentir mais prazer. Verifique se você não se masturba porque não sente desejo ou porque acha uma prática “suja”, como muitas pessoas ouvem na infância. Se for a segunda opção, tente rever esse comportamento. A masturbação é extremamente saudável para a vida de qualquer pessoa.

Faz mal usar vibrador?

Não. Desde que você tenha alguns cuidados, como não compartilhá-lo com outras pessoas, para evitar a transmissão de doenças. O ideal é colocar nele uma camisinha lubrificada e jogá-la fora depois do uso. Ao mesmo tempo que reduz o atrito com a pele, evita a transmissão de doenças. Outro cuidado é com o contato violento ou repetitivo demais: isso pode provocar lesões. Isso você contorna facilmente: ao primeiro sinal de desconforto, pare. Uma dica: use-o com lubrificante à base de água, vendido em farmácias. Isso ameniza o atrito do aparelho com a pele e torna a prática mais prazerosa.

Como eu faço para me desinibir?

Um bom começo é observar a região pélvica com a ajuda de um espelho. Assim você identifica direito onde fica o quê. Use as mãos para afastar os grandes lábios. O segundo passo, que pode ser dado em um outro dia, é tatear toda a área. Concentre-se nas sensações e não se prenda só ali: toque os seios, a barriga, o rosto... Num terceiro momento, incremente o toque: você pode usar um pouco de óleo ou creme de massagem, alternando movimentos circulares e de sobe e desce com pressões. Prenda-se mais tempo no que sentir mais prazer.

Tenho de ter orgasmo sempre?

Não. Essa obrigatoriedade só faz mal. Você fica ansiosa, começa a se cobrar demais e corre o risco de frustrar. Relaxe. Buscar o prazer não significa persegui-lo a todo custo. Deixe o prazer fluir. Quando não se tem a responsabilidade de chegar ao orgasmo, o sexo fica muito mais gostoso.

Eu finjo. E agora?

Dizer a verdade sempre é melhor. Não adianta mascará-la. Ao abrir o jogo, você pode – e deve – fazer do parceiro seu aliado, para que a ajude a chegar lá.

Como mostrar a ele o que eu mais gosto?

Simplesmente falando. Esse é o melhor jeito. Se você quiser, conduza a mão dele para os pontos onde mais gosta de ser tocada. E demonstre quando estiver gostando, seja com palavras, seja com sussurros, seja com gemidos... Ou de outro jeito que preferir.

Posso ter orgasmos múltiplos?

Talvez. Nem todas as mulheres conseguem ter. Depende do organismo de cada uma – e não de treino ou algo parecido. Algumas mulheres apresentam uma característica diferente: elas têm vários orgasmos seguidos, porém menos intensos. A maioria das mulheres, no entanto, só atinge o clímax uma vez por relação.


Qual a melhor posição para alcançar o clímax?

Aquela em que você se sentir mais confortável. Para a maioria das mulheres, orgasmo depende de estimulação contínua do clitóris. Então, busque posições em que esse tipo de carícia possa ser feita com maior facilidade.

Nunca tive orgasmo. O que há de errado comigo?

Não conseguir chegar ao orgasmo é um problema de fundo psicológico, na maioria das vezes. Essa disfunção sexual, chamada de anorgasmia, geralmente é consequência de uma primeira vez complicada (a mulher sentiu dor, o parceiro foi agressivo e pouco carinhoso, entre outros). Mas também pode ser fruto de uma visão distorcida da sexualidade, preconceituosa e carregada de culpas. Você se masturba? Provavelmente a resposta é não. Orgasmo é descoberta e aprendizado: você precisa perceber onde sente mais tesão e aprender a estimular esses pontos. Importante: cobranças do tipo "Hoje eu tenho de conseguir" são altamente nocivas, pois agravam ainda mais o problema. Quem vai para a cama com esse tipo de preocupação corre o risco de se frustrar mais uma vez. Importante: em alguns casos, é necessário recorrer à ajuda de uma psicóloga ou um psicólogo.

Há algum exercício que me ajude a me conhecer melhor e chegar lá?

Você pode tentar um que parece eficiente e é dividido em duas etapas. A primeira delas deve ser feita sozinha. Comece encontrando algo que desperte seu desejo. Um vídeo erótico pode ser boa opção. Escolha um que tenha uma história envolvente, um clima de sedução antes das cenas de sexo. Mulher não vê graça em filme muito mecânico – aquele que já começa com o ato em si. Assista-o sem pressa, em um ambiente tranqüilo. Enquanto vê, comece a acariciar o próprio corpo. Toque os seios, a barriga, as coxas... Até chegar à vagina. Use um creme de massagem se preferir. Não se preocupe em chegar ao orgasmo no primeiro dia em que fizer esse exercício. Repita-o outras vezes. Seja paciente e não desanime. Você vai chegar lá! Só depois virá a segunda etapa: incluir o parceiro na brincadeira, sendo que você agora pode mostrar para ele as carícias que mais lhe agradam.

Tenho vergonha do meu corpo e isso acaba com o meu interesse por sexo. O que eu faço?

Esse mito do corpo perfeito, que paira sobre a cabeça de muitas mulheres (e de muitos homens também), só atrapalha. Claro que a aparência física é importante para atrair o parceiro e despertar seu desejo. Mas está longe de ser o ingrediente fundamental para o sexo. Ser sensual e saber dar e receber prazer (onde e como tocar o parceiro do jeito que ele gosta, onde e como ser tocada etc.) é muito mais importante. Não valorize demais a aparência. Priorize o prazer. Vocês sairão ganhando.

Será que só eu não tenho vontade? E as outras mulheres? Como é com elas?

Segundo estimativas recentes da Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana, de 20% a 30% das mulheres sofrem inibição do desejo. Isso, na maioria das vezes, provoca queda na freqüência sexual. Pode virar uma bola de neve: a pessoa não tem desejo, faz sexo sem muita vontade e se frustra, pois a relação acaba não dando sendo prazerosa. Isso baixa ainda mais a libido.



Qual é a frequência sexual ideal?

É uma grande bobagem essa história de que existe uma freqüência ideal. Não há. Depende de cada pessoa, de cada casal. O importante é saber se a freqüência é adequada para ambos, isto é, se o casal está satisfeito com ela. A atenção deve ser voltada para a qualidade da transa e não para quantas vezes ela ocorre.


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