Educação Sexual

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Educação sexual é o ensino sobre a anatomia e psicologia da reprodução humana e demais aspectos do comportamento que se relacionam ao sexo.

Abordagem Pedagógica

Possui as seguintes características:
  • Volta-se mais diretamente para o processo ensino-aprendiz de sexualidade;
  • Valoriza o aspecto informativo desse processo, podendo também dar ênfase ao aspecto formativo, onde se propicie a discussão de valores, atitudes e preconceitos; pode ainda considerar a importância da discussão de dúvidas, sentimentos e emoções;
  • Direcciona mais acentuadamente a reformulação de valores, atitudes e preconceitos, bem como todo o ‘processo de libertação’, para o nível individual[1]

Abordagem Religiosa Tradicional

Possui as seguintes características:
  • liga a vivência da sexualidade ao amor de Deus e à submissão às normas religiosas oficiais
  • tem como metas básicas a preservação dos valores morais cristãos e o desenvolvimento da vida espiritual
  • vincula sexo ao amor pelo parceiro, ao casamento e à procriação
  • encara o casamento e a virgindade/castidade como os dois únicos modos de viver a aliança com Deus
  • valoriza a informação de conteúdos específicos da sexualidade (encarando-a, porém, como uma meta secundária)
  • pode estar comprometido com uma educação para o pudor[1]
A preocupação da Abordagem Religiosa é a formação cristã dos indivíduos, sendo que os católicos seguem as orientações oficiais da Igreja e os protestantes (cada denominação a seu modo), a interpretação literal da Bíblia.

Abordagem Religiosa Liberadora

Apresenta as seguintes características:
  • liga a vivência da sexualidade ao amor a Deus e ao próximo
  • tem como metas básicas a conservação dos princípios cristãos fundamentais, o desenvolvimento da vida espiritual e a consciencialização do cristão para a participação na transformação social
  • valoriza a informação de conteúdos, num contexto de debate, para, através da discussão da sexualidade, levar a tomada de consciência da cidadania
  • vê de maneira crítica as normas oficiais da Igreja sobre a sexualidade e procura levar o cristão a ser sujeito de sua sexualidade, com liberdade, consciência e responsabilidade
  • vê a Educação Sexual como um ato político, ou seja, como uma atitude de engajamento com a transformação social [...][1]

Abordagem Política

Possui as seguintes características:
  • orienta para o resgate do género, do erótico e do prazer na vida das pessoas;
  • ajuda a compreender (ou alerta para a importância de se compreender) como as normas sexuais foram construídas socialmente;
  • considera importante o fornecimento das informações e auto-repressão;
  • propicia questionamentos filosóficos e ideológicos (ou mostra a importância desses questionamentos);
  • encara a questão sexual com uma questão ligada diretamente ao contexto social, influenciando e sendo influenciada por este;
  • da ênfase à participação em lutas coletivas para transformações sociais
  • considera importantes as mudanças de valores, atitudes e preconceitos sexuais do indivíduo para o alcance de sua libertação e realização sexual. Porém, isto é encarado como um meio para se chegar a novos valores sexuais, que possibilitem a vivência de uma sexualidade com liberdade e responsabilidade, em nível não apenas do indivíduo, mas da sociedade como um todo[1]

Referências

Notas
  1. ↑ a b c d FIGUEIRÓ, Mary Neide Damico. Educação sexual: retomando uma proposta, um desafio. 2. ed. Londrina: UEL, 2001. 183 pag.

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