Dúvidas frequentes sobre dificuldades sexuais por Laura Muller
As 10 principais dúvidas! Por Laura Muller
Perguntas e respostas extraídas do meu livro "500 Perguntas Sobre Sexo – Respostas para as Principais Dúvidas de Homens e Mulheres"
Perdi o desejo de uma hora para outra. Qual o motivo?
As causas mais freqüentes são psicológicas, como estresse, ansiedade, insegurança quanto ao desempenho sexual (medo de não atingir o orgasmo ou frustração por nunca chegar lá) ou a influência de problemas e preocupações que ocorrem fora da cama. Depressão, baixa de auto-estima e situações de perda (de emprego, de alguém querido) também provocam queda na libido. A falta de sintonia sexual entre o casal é outro inibidor de desejo. Ocorre assim: um quer e insiste, o outro não quer naquela hora e se irrita; com isso, o sexo vai perdendo a qualidade e desestimulando os parceiros para as próximas relações. Há também causas orgânicas, como alterações hormonais, entre outras. Ou seja, varia muito. O diagnóstico e o tratamento? Você já sabe: médico (ginecologista para mulheres, urologista para homens) e psicólogo, para avaliar e tratar as questões físicas e emocionais em jogo.
Se ele brochar, o que eu faço?
Dizer coisas do tipo "isso acontece" nem sempre é uma boa opção. Claro que o clima quebra nessa hora. E o melhor é tentar estimulá-lo de outras formas, diferentes da que estavam utilizando naquele momento. Por exemplo, se ele perdeu a ereção com a masturbação, tente o sexo oral. E não façam disso um drama! Acontece com qualquer homem, assim como qualquer mulher pode ter uma dificuldade ou outra. Somos humanos e falíveis! Ficar se torturando agrava ainda mais o problema, pois aumenta as chances de ele se repetir. Se a situação se tornar freqüente, o ideal é recorrer a um médico urologista e também a um psicólogo ou uma psicóloga, para verificar as questões físicas e emocionais que podem estar atrapalhando essa transa.
Perdi a lubrificação vaginal. Estou perdendo o pique?
Menor lubrificação vaginal pode ser indício de que tem ficado menos excitada. Renove, seja criativa, lembre-se de como era seu comportamento no começo da relação. Mas também pode ser causado por fatores orgânicos, como uma infecção vaginal. Procure um médico ginecologista para verificar se há causas físicas em jogo. E trata-las da melhor forma possível. Uma dica: em muitos casos, um lubrificante à base de água, vendido em farmácias, ajuda muito!
Dependendo da posição, o pênis incomoda. Como quando estou por cima. Por quê?
A penetração é mais profunda na posição em que a mulher fica por cima do homem. Talvez seja isso que a incomoda. Mas vale lembrar que qualquer dor pode ser indício de um problema mais sério, como uma infecção vaginal. Procure um ginecologista para se certificar se esse é o problema ou não. Descartada essa hipótese, o que você tem a fazer é priorizar as posições em que a penetração não é tão profunda, como vocês de frente um para o outro, porém ele por cima (a chamada papai-e-mamãe) ou ambos deitados de lado, sendo você na frente e de costas para ele (chamada de colher).
Minha vagina parece colada e a penetração nunca acontece. Por quê?
Nesse caso, o problema se chama vaginismo, que é a contração involuntária da musculatura vaginal na hora do sexo. A intensidade do problema varia: algumas mulheres chegam a fechar totalmente o orifício vaginal, impedindo a entrada do pênis. Outras apresentam uma contração em menor grau: o órgão masculino penetra a vagina, mas com dificuldade. Isso tem fundo psicológico. Na maioria das vezes é resultado de traumas (provocados por estupro, abuso sexual na infância, entre outros) ou dificuldades emocionais importantes (medo e ansiedade excessiva, por exemplo). A educação sexual repressora, que prega que sexo é feio e sujo, também contribui para casos de vaginismo. Eles não são raros: estima-se que 10% da população feminina sofram desse problema. O tratamento? Alguns medicamentos, que devem ser indicados por um médico, podem até ajudar a relaxar a musculatura. Mas não fazem milagre. O ideal é buscar ajuda psicológica.
Tenho sangramento depois do sexo. Por quê?
O mais provável é que você esteja começando a penetração sem se sentir suficientemente excitada. Isso faz com que a vagina não lubrifique o suficiente, levando ao aumento do atrito do pênis com o órgão e a um consequente sangramento. Em alguns casos, o toque da ponta do pênis no fundo da vagina provoca contrações uterinas, dando uma sensação de cólica e desencadeando um sangramento. Também pode ser sinal de algum cisto vaginal. Experimente se excitar um pouco mais antes da penetração. Mas, de qualquer forma, procure um médico ginecologista para verificar como anda a sua saúde sexual.
Demoro cerca de 1 hora para ejacular. Por quê?
Esse problema é chamado de retardo ejaculatório. A causa pode ser orgânica, como problemas neurológicos. Mas o mais comum é que tenha fundo psicológico. O primeiro passo é procurar um urologista. Caso não existam complicações físicas, a saída é procurar tratamento no consultório de um psicólogo ou uma psicóloga.
Há remédio que funcione contra ejaculação precoce?
Há remédios que prometem diminuir a sensibilidade do pênis, mas isso pouco adianta. A ejaculação precoce tem fundo psicológico em praticamente todos os casos. Ou seja, é preciso tratar o lado emocional.
Tenho ejaculação precoce. Qual o motivo?
As causas da ejaculação rápida precoce são basicamente emocionais. Na maioria dos casos, estão relacionadas à ansiedade e ao medo de não conseguir manter a ereção durante toda a transa. Inconscientemente ou não, o homem procura ejacular rápido, antes que essa possível falha ocorra. Mas também podem estar ligadas à necessidade ir rápido, ou de satisfazer a parceira a todo custo, entre outras razões que podem elevar a ansiedade a um ponto que provoque essa ejaculação rápida demais.
Não consigo ter ereção. Por quê?
Na maioria das vezes o problema tem fundo psicológico. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana, 70% dos casos de disfunção erétil de homens adultos jovens são desencadeados por questões emocionais. Em idosos o quadro é diferente: há causas orgânicas envolvidas em 60% a 70% dos casos. A grande vilã da ereção é a ansiedade em relação ao desempenho: o homem fica inseguro e tem medo de falhar. Aí, falha mesmo. Na próxima transa, o medo de não ter ereção pode se aliar a outro temor: "Será que eu vou conseguir mantê-la?" Isso pode levar a uma nova falha. Outra preocupação que atrapalha: "Será que a parceira vai gostar da transa?" Todas essas cobranças internas e preocupações geram um estado de tensão que é fatal à ereção. O tratamento inclui buscar dois especialistas: um psicólogo ou uma psicóloga para lidar melhor com as questões emocionais, além de um médico urologista para verificar como anda a saúde sexual.
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