Métodos Contraceptivos: DIU - Dispositivo Intra-uterino
O DIU pode apresentar diversos formatos.
O dispositivo intrauterino, ou DIU, é um
artefato feito de polietileno, recoberto por cobre ou com bário e, em
alguns casos, pode ser previamente medicado com hormônios. Ele é
colocado, cirurgicamente, na cavidade uterina da mulher, a fim de evitar
a concepção. Tal procedimento dura apenas alguns minutos, sendo
necessária anestesia local.
Sua presença nessa região faz com que o
endométrio se apresente hostil aos espermatozoides, debilitando ou
exterminando-os, e também evita que, mesmo que ocorra uma fecundação, o
óvulo fecundado não se fixe ali. No caso dos que contém hormônios, há
também o espessamento do muco cervical, criando uma barreira adicional à
passagem destes gametas. Assim, as chances de uma possível gravidez é
bem pequena: sua eficácia varia entre 97 e 99,7% para cada um destes
tipos, respectivamente.
Além desta vantagem, o DIU é uma opção
prática, já que não exige muita disciplina por parte da mulher, como no
caso de pílulas orais; é reversível, não interfere nas relações sexuais,
e tampouco atrapalha a amamentação.
Apesar de apresentar poucos efeitos
colaterais, alguns podem surgir, como: dor pélvica, sangramentos
irregulares nos primeiros meses após sua implantação, corrimentos,
cólicas e aumento do fluxo menstrual.
Para evitar a possibilidade de provocar
um aborto, o dispositivo é colocado durante a menstruação, já que é
quase improvável que uma mulher, nestas condições, esteja grávida. Após o
parto, ou aborto, também são também bons momentos para o mesmo ser
implantado. Em geral, um único DIU dura, em média, de quatro a dez anos,
sendo necessárias revisões periódicas de pelo menos duas vezes ao ano.
Assim como muitos métodos
anticoncepcionais, seu uso pode não ser indicado a alguns grupos de
mulheres, como gestantes, aquelas que já tiveram infecções tubárias ou
uterinas, ou gravidez ectópica; e as que possuem anormalidades no útero,
anemia, câncer ginecológico e alergia ao cobre. Alguns médicos também
não recomendam o uso àquelas mulheres que nunca tiveram filhos, já que
há uma maior probabilidade do artefato ser rejeitado pelo útero, o que
pode provocar infecções, gravidez, ou mesmo problemas futuros de
infertilidade.
Obviamente, vale lembrar que o DIU não é eficaz na prevenção contra a AIDS e outras DSTs.
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