HPV pra você entender


Falar sobre HPV é um pouco complicado porque toda hora surge uma novidade, um novo estudo e daqui a algum tempo este post estará desatualizado também.

O que você precisa saber sobre HPV (papiloma vírus humano): é transmitido por via sexual e contato físico. Possui subtipos que causam verrugas (condilomas)  e subtipos que causam lesões no colo do útero, precursoras de câncer. As verrugas são diagnosticadas a olho nu e então, tratadas, já o exame preventivo detecta as lesões do colo em fase que ainda dá tempo para não virar câncer de colo de útero. Na maioria das vezes não é possível saber quando e de quem a pessoa contraiu o vírus. É errado dizer que uma vez com HPV, sempre com HPV. Não fique esperando ter algum sintoma para procurar o ginecologista. Exceto os casos de verrugas, a maioria das infecções não tem sintoma algum. O HPV é um vírus que possui muitos subtipos , mas não deve ser um bicho de sete cabeças. 


O HPV é transmitido por via sexual, mesmo através de contato íntimo pele-a-pele, por isso a camisinha não protege 100%, mas tem grande fator de proteção. O início precoce da atividade sexual, múltiplos parceiros e o hábito de não usar camisinha são de grande influência na contaminação pelo vírus. Grande parte das pessoas sexualmente ativas tem ou terão HPV em algum momento da vida, mas nem todas desenvolverão lesões. Não entrem em pânico! mas fiquem sempre de olho caso surjam verrugas e façam preventivo de rotina!


O HPV é um vírus com mais de 100 subtipos e são divididos em: baixo risco, risco intermediário e alto risco de desenvolvimento do câncer de colo de útero. Os subtipos 6,11 são os de baixo risco mais encontrados causadores de verrugas (condilomas). Já os subtipos 16 e 18 são os de alto risco mais encontrados nos casos de lesões do colo do útero precursoras de câncer (aquelas diagnosticadas no exame preventivo/papanicolaou). A mulher pode se contaminar com os subtipos que causam os condilomas e também com os que causam o câncer.


As infecções provocadas pelo HPV podem ser transitórias, com completa eliminação do vírus (nos casos de pessoas saudáveis, com boa imunidade), mas pode haver re-infecção, eliminação de um subtipo e não de outro ou até evolução para lesões com riscode desenvolver o câncer. 


O exame citológico (ou preventivo) normal,  não diz se a pessoa tem ou não HPV, mas sim o que realmente importa, ou seja,  mostra a infecção, a fase ativa do vírus quando ela se manifesta.


Também não podemos afirmar quando e nem de quem a pessoa contraiu o vírus. Você pode ter adquirido o vírus há 20 anos e só desenvolver a infecção agora, ou até mesmo nunca desenvolver infecção.

Para saber mais:
Sobre os condilomas: podem desaparecer sozinhos, graças à resposta imunológica, e podem ser tratados através de sua excisão com bisturi, com a destruição das verrugas com aplicação de ácidos, pomadas, criocauterização, eletrocauterização e vaporização a laser. Até que as lesões sejam eliminadas deve haver abstinência sexual, o parceiro deve ser avaliado e é importante o uso de camisinha. A pessoa pode permanecer com o vírus em fase latente (sem causar infecção) mesmo após o tratamento das lesões e, em algum momento da vida pode voltar a manifestar mais verrugas. 


Sobre lesões pré-neoplásicas: O HPV é um vírus que, além de condilomas, pode causar o câncer de colo de útero. Este câncer, como dito em post anterior, pode ser evitado quando a mulher realiza o exame preventivo rotineiramente. Este exame não impede que a mulher contraia o vírus, mas pode impedir que ela desenvolva o câncer de colo. Se a mulher está contaminada com este vírus, ele pode estar na fase latente (sem provocar lesões), mas se ocorrer uma diminuição da imunidade, por exemplo, ele se torna ativo e provoca lesões no colo do útero. Se estas lesões não forem detectadas podem evoluir para câncer de colo. 


Reforçando: O câncer não surge do nada. O vírus provoca uma lesão pré-neoplásica de baixo grau e se esta não for curada, pode evoluir para lesão de alto grau e então, o câncer. A mulher que fica anos sem fazer preventivo, pode ter o vírus causando infecção sem saber e perde a oportunidade de detectar alguma lesão no colo que ainda não virou câncer. Por isso fazer o preventivo é tão importante!

De acordo com cada lesão e com o perfil de paciente há uma conduta específica a ser adotada. 


Quais são as lesões que podem aparecer no resultado do preventivo?


Lesão intra-epitelial de baixo grau (LSIL ou LIEBG)
Lesão intra-epitelial de alto grau (HSIL ou LIEAG)
Alterações de células escamosas de significado indeterminado (ASCUS)
Alterações de células escamosas de significado indeterminado, não excluindo lesão de alto grau (ASCH)
Alterações de células glandulares de significado indeterminado ACG-SOE


- Geralmente as lesões de baixo grau são acompanhadas com repetição do preventivo e 90% destas lesões desaparecem em 1 ano. 
- As pacientes com lesões persistentes ou já com lesões de alto grau e com as lesões que evoluirem para alto grau devem realizar outro exame chamado Colposcopia. 

Neste exame pode ser realizado uma biópsia e, o resultado desta pode demonstrar Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC) grau 1, 2 ou 3 e, de acordo com cada lesão há condutas específicas para que a paciente não desenvolva câncer ou, no caso do NIC 3, considerado carcinoma in situ, dependendo de avaliação complementar, não desenvolva câncer invasivo. 
- Os casos de ASCUS podem ser acompanhados com repetição do preventivo em 6 meses ou realizar a colposcopia imediata ou a pesquisa do DNA-HPV em pacientes acima de 30 anos. Se a opção foi acompanhar com preventivo de 6 em 6 meses, após dois resultados normais, a paciente pode voltar a fazer a rotina, pois pode ter ocorrido uma alteração por inflamação ou ter sido infecção transitória do HPV. Se o resultado continuar sendo ASCUS ou evidenciar LSIL ou HSIL, realizar Colposcopia. 
-Todos os casos de ASCH devem ser encaminhados para a colposcopia.
-As pacientes com ACG-SOE devem ser submetidas a avaliação do canal  cervical e, nas acima de 40 anos, avaliar também o endométrio (tecido que reveste o útero)


Nos casos submetidos à biópsia, os resultados podem ser: NIC 1, 2 ou 3 (carcinoma in situ)

- As lesões NIC 1 geralmente desaparecem em 1 ano. A paciente com este resultado deve repetir o preventivo de 6 em 6 meses neste período. Caso não desapareça, nova biópsia deve ser realizada
- As pacientes com menos de 20 anos de idade e NIC 2 podem ser acompanhadas com preventivo e colposcopia de 6 em 6 meses por dois anos. Nas mulheres acima de 20 anos ou HIV positivas ou quando a lesão penetra o canal do colo deve ser realizada a retirada de parte específica deste.
- Pacientes com resultado de biópsia NIC 3 ou com NIC 2 com invasão do canal do colo (canal endocervical) devem ser submetidas à retirada parcial do colo uterino (conização) através de técnica de cirurgia por ondas de alta frequencia, laser CO2 excisional ou a frio.
- Na suspeita de câncer in situ ou com microinvasão, persisência de NIC 2 ou 3 após tratamento, e em algumas outras situações especiais a paciente deve ser submetida à Conização clássica em regime hospitalar.
- As pacientes submetidas a conização pela técnica de ondas de alta frequencia cujo diagnóstico é de primeiro estágio de microinvasão com margens livres podem ser acompanhadas com preventivo e colposcopia de 6 em 6 meses, desde que sejam jovens querendo engravidar. Os resultados com margens comprometidas devem ser submetidos à Conização com bisturi. E as pacientes com mais idade e que não desejam ter mais filhos devem ser submetidas à cirurgia de retirada do útero (Histerectomia).

O preventivo, então, é um exame de rastreio. A biópsia, através da colposcopia, confirma a suspeita do preventivo. Portanto pode haver preventivo indicando lesão, mas com biópsia normal. Já os casos em que houve falha no preventivo podem estar relacionados com a qualidade da coleta (amostra insuficiente), preparo inadequado do material colhido, leitura inadequada das lâminas (pelo patologista). Com base nestas deficiências, tem sido proposta a citologia em base líquida, como método preventivo mais moderno e eficaz, porém, estudos recentes mostram que não existem evidências de comprovem que esta nova técnica seja melhor que a convencional. 

O Teste de DNA/HPV através da Captura Híbrida é aprovado, atualmente, para duas situações: em mulheres acima de 30 anos desde que seja feito junto com o preventivo E como um segundo teste frente ao resultado de ASCUS no preventivo.  

Não se esqueça: a vacina contra o HPV está disponível para mulheres e homens a partir de 9 anos de idade, apenas em clínicas privadas. Converse com seu médico e procure uma clínica perto de você.
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Comentários

  1. Como me tornei uma mulher feliz novamente
    Com lágrimas de alegria e felicidade, estou prestando meu testemunho a todos os telespectadores on-line, meu problema com o estágio IB de Câncer de Estômago causou-me muitas dores e tristezas, especialmente em minha família.
    Eu estava com tanto medo de perder a vida, sofri o constrangimento de visitar
    terapia centenas de vezes, infelizmente eles não encontraram uma solução definitiva para o meu problema, chorei o dia todo e a noite, tenho que viver minha vida dessa maneira? Eu procurei toda a Internet por cuidados, fui enganado por fraudadores da Internet vezes sem números ... até que um amigo meu que fica no Reino Unido me apresentou a um amigo dela que estava curado da mesma doença, e ela me apresentou ao Dr. Itua, que a curou do câncer de mama por este e-mail / WhatsApp +2348149277967, drituaherbalcenter@gmail.com. Entrei em contato com ele e ele prometeu que tudo ficaria bem e que eu tinha fé. Ele me enviou seus medicamentos à base de plantas através do Courier servcie e fui instruído sobre como tomá-lo por três semanas para curar, segui as instruções que me foram dadas e Hoje sou uma mulher feliz novamente. Ele cura todos os tipos de doenças como - câncer no cérebro, doença trofoblástica gestacional, câncer de cabeça e pescoço, câncer de ovário, linfoma de Hodgkin, herpes, câncer de fígado, câncer de garganta,
    Síndrome Fibrodisplasia Ossificante Progresesclerose, doença de Alzheimer, diarréia crônica, DPOC, Parkinson, Als, carcinoma adrenocortical Mononucleose infecciosa.
    Câncer de intestino, Câncer de tireóide, Câncer de útero, Fibróide, Angiopatia, Ataxia, Artrite, Escoliose lateral amiotrófica, Tumor cerebral, Fibromialgia, Toxicidade por fluoroquinolonaTumor de bexiga Mieloma múltiplo, tumores neuroendócrinos
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