Vagina
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Vagina | |
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Esquema frontal do aparelho reprodutor feminino | |
Latim | "sheath" ou "scabbard" |
Gray's | assunto #269 1264 |
Vascularização | Artéria iliolombar,Artéria vaginal e Artéria retal média |
Drenagem linfática | parte da frentelinfonodos ilíacos internos, parte de tráslinfonodos inguinais superficiais |
Precursor | seio urogenital e ducto paramesonéfrico |
MeSH | Vagina |
A vagina (do latim vagĭna, lit. "bainha") é um canal do órgão sexual feminino dos mamíferos, parte do aparelho reprodutor, que se estende do colo do útero à vulva, dirigido de cima abaixo e de trás para frente. A cada lado da abertura externa da vagina humana há duas glândulas de meiomilímetro, chamadas Glândulas de Bartholin, secretoras de um muco lubrificante na copulação.[1]
Características da vagina humana
A parte externa da vulva é denominada vestíbulo da vagina. Lá se encontram dois orifícios: orifício urinário (da uretra) e o orifício genital (da vagina).[2]
A parte interna da vagina estende-se até à porção inicial do útero (colo), região denominada de fórnix da vagina.[3] Todo esse conjunto é denominado canal vaginal. O canal vaginal apresenta duas partes de origens embriológicas diferentes, pois a origem do canal vaginal é promovida quando o útero se encontra próximo ao epitélio que formara o vestíbulo e começa a migrar para a sua posição final, o tecido epitelial é puxado, assim como o tecido do útero, formando assim o canal vaginal com sua porção superior formada por tecido proveniente do útero e a porção inferior do tecido epitelial; o hímen é formado com o estiramento do tecido epitelial de onde o útero estava próximo, promovendo assim um afinamento desta superfície.[4]
O limite entre a vagina e a vulva constitui uma dobra, o hímen. Este encontra-se na porção anterior do canal vaginal, em mulheres que nunca tiveram relações sexuais, ou vestígios da estrutura, em mulheres que já tiveram relações.[5][4]
Em janeiro de 2012 a britânica Hazel Jones afirmou em um programa televisivo possuir duas vaginas.[6][7][8] Esta rara condição médica foi diagnosticada quando ela possuía 18 anos.[9][10][11][12]
Histologia
O epitélio vaginal é descamativo, epitélio pavimentoso estratificado não–queratinizado, com uma característica: é rico em glicogênio. Tem uma espessura de 150 a 200 µm.[13] O glicogênio é jogado para dentro da vagina, onde se transforma em glicose, e a glicose, por causa da flora própria vaginal, é transformado em ácido láctico, tornando o pH da vagina ácido, que é importante. Sem essa acidez vaginal, a entrada debactérias (coccus) vindas do reto e do ânus seria facilitada, propiciando as infecções na região.[14]
O epitélio vaginal tem um vetor do conjuntivo para dentro da luz. O vírus da AIDS quando chega no epitélio vaginal encontra um ambiente desfavorável, ele não conseguiria entrar no epitélio vaginal porque o fluxo deste, é excretor; a não ser que haja lesões no epitélio, chegando ao conjuntivo. O colo uterino seria uma alternativa como porta de entrada de micro-organismos porque entre o epitélio da vagina e do útero muitas vezes a mulher tem lesões.[14]
Glândulas não existem na parede da vagina e esta é formada por três camadas: mucosa, muscular e adventícia. O muco formado no lúmen origina-se das glândulas da cérvix uterina.[13]
- Mucosa
Formada por tecido conjuntivo frouxo rico em fibras elásticas.[13]É plano estratificado não queratinizado.[15] Nessa camada há grande quantidade de neutrófilos e linfócitos. Também é possível observar células de Langerhans.[15] Em alguns períodos do ciclo entram no epitélio e passam para o lúmen vaginal.[13]Poucas terminações nervosas sensoriais presentes.[13]A mucosa vaginal tem aspecto rugoso. A lâmina própria tem abundantes vasos sanguíneos.[15]
- Muscular
Formada por pacotes longitudinais de fibras musculares lisas.[13] Na parte mais interna, próxima a mucosa, esses pacotes são circulares.[13]
- Adventícia
Na parte de fora da camada muscular, existe uma camada de tecido adventício, composta por tecido conjuntivo denso, composto por fibras grossas e elásticas.[13] Nessa área a um grupo de células nervosas, um plexo venoso e feixes nervosos.[13]
Sexualidade
A função da vagina é receber o pênis no coito e dar saída ao feto no momento do parto, assim como expulsar o conteúdo menstrual. A vagina possui um grande número de terminações nervosas e paredes elásticas, que no estado natural tem menos cerca de 7 a 8 cm, mas quando estimulada pode ser grandemente aumentada. Essa elasticidade é fundamental na ocasião do parto, para a saída do bebê.[16]
Nos bebês, a vagina é protegida somente pelo hímen, uma membrana fina com algumas perfurações que permitem a saída da menstruação. O hímen normalmente é rompido na primeira relação sexual, embora algumas atividades não relacionadas ao sexo possam eventualmente ocasionar esse rompimento. A perfuração do hímen causa um pequeno sangramento.[17]
Aos órgãos genitais femininos cabe a tarefa de produzir a célula reprodutora feminina, e de reter o produto da eventual fecundação, permitindo o seu desenvolvimento. São eles compostos dos ovários, onde a célula reprodutora feminina se forma, das tubas uterinas, do útero e da vagina, e ainda da vulva, ou seja, o complexo dos órgãos genitais externos.[18]
Odor
Bactérias naturalmente presentes na flora microbiana da vagina faz com que ela tenha um cheiro característico,[19] embora nem sempre um cheiro forte seja sinônimo de algum mal, muitas doenças sexualmente transmissíveis apresentam o mau cheiro como um dos sintomas. A preocupação feminina com o odor emanado por esse órgão faz com que algumas mulheres façam uso de sabões especialmente preparados para esse fim e apliquem soluções desodorantes próprias para o local.[20]
Doenças vaginais
- Colpitis - inflamação, incluindo as devidas a infecções, DSTs, infecções por fungos (candidíase vaginal) , a falta de hormônios sexuais após a cessação da menstruação .
- Vaginose bacteriana (Gardnerella vaginite) - disbiose da vagina
- Prolapso das paredes vaginais e, com eles, e junto às paredes do pélvica órgãos
- Kondilomatoz (causada pelo HPV )
- Malformações congênitas: estreitamento da vagina, a duplicação da vagina, as opções de paredes vaginal;
- Displasia e câncer vaginal (muito doenças raras )
- Cistos e miomas
Mito da vagina dentata
A vagina dentata aparece nos mitos de várias culturas. Erich Neumann relata um desses mitos no qual “Um peixe habita a vagina da Mãe Terrível; o herói é o homem que vencer a Mãe Terrível, quebrar os dentes da sua vagina, e então a tornar numa mulher.”[21]
O mito expressa a ameaça que as relações sexuais com coito representam para os homens que, apesar de entrarem triunfantemente, saem sempre diminuídos.[22]
Referências
- ↑ Toda Biologia. Sistema Reprodutor Feminino. Página visitada em 10 de janeiro de 2012.
- ↑ Portal São Francisco. Sistema Reprodutor Feminino. Página visitada em 10 de janeiro de 2012.
- ↑ Med. Aparelho genital feminino. Página visitada em 10 de janeiro de 2012.
- ↑ a b IUPE. Hímem: Masturbação e virgindade. Página visitada em 10 de janeiro de 2012.
- ↑ Banco de Saúde. Sobre o Hímem. Página visitada em 10 de janeiro de 2012.
- ↑ Mulher famosa por ter duas vaginas posa para ensaio sensual
- ↑ Mulher com duas vaginas garante ter perdido virgindade duas vezes
- ↑ Mulher com duas vaginas perde virgindade duas vezes
- ↑ Britânica diz em programa de TV ter duas vaginas
- ↑ Mulher afirma ter duas vaginas e diz ter perdido a virgindade duas vezes
- ↑ Britânica revela que tem duas vaginas
- ↑ Mulher com duas vaginas diz que perdeu a virgindade duas vezes
- ↑ a b c d e f g h i JUNQUEIRA, Luiz C. CARNEIRO, José. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004
- ↑ a b InfoEscola. Vagina - Anatomia do sistema reprodutor feminino. Página visitada em 10 de janeiro de 2012.
- ↑ a b c HIB, José. Histologia de Di Fiori. Buenos Aires: El Ateneo, 2001
- ↑ WALFRIDO, Valéria, Ediouro, Toque sedutor, Rio de Janeiro: 2003. Página visitada em 01 de junho de 2009.
- ↑ Afh. Sistema Reprodutor. Página visitada em 10 de janeiro de 2012.
- ↑ Atonus. O Processo da Reprodução. Página visitada em 11 de janeiro de 2012.
- ↑ Odor vaginal - Nem sempre cheiro forte é sinal de problema, Dra. Denise Coimbra, iGirl, 18 de março de 2009.
- ↑ UOL. Sabonete íntimo ou normal?. Página visitada em 11 de janeiro de 2012.
- ↑ The Great Mother. [S.l.: s.n.], 1955. 168 p.
- ↑ The Wimp Factor. [S.l.: s.n.], 2004. 115-149 p.
Ver também
- Flatos vaginais - gases que podem sair da vagina durante o ato sexual.
- Orgasmo feminino - artigo sobre a fisiologia, aspectos sociais, etc, do prazer feminino.
- Via vaginal - a vagina como local de aplicação de medicamentos.
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